Pão francês com manteiga, levemente tostado. Esse é o acompanhamento mais comum para o café brasileiro. A evolução da gastronomia, no entanto, tornou na harmonização com café uma prática comum. E deliciosa!
Em outras palavras, harmonizar significa combinar alimentos e bebidas para potencializar o sabor de ambos.
Nesse sentido, ela pode acontecer por semelhança ou contraste.
Na harmonização por semelhança, a busca é por familiaridade.
Sabores e caraterísticas semelhantes: doçura, acidez, amargor, etc.
Já no contraste, o objetivo é aproveitar características distintas para equilibrar sensações.
Um alimento gorduroso, dessa forma, pode ser combinado com uma bebida ácida.
Um café encorpado pode acompanhar um queijo salgado.
Dessa forma, o equilíbrio entre esses atributos faz da refeição uma experiência única.
Doces
Combinar um bom café com pratos doces é algo comum e até intuitivo.
Frequentemente, as pessoas servem a bebida com bolos e panquecas.
A harmonização com café, no entanto, pode ser muitos explorada no universo das sobremesas.
Doces com sabores potentes, como o Petit Gateau ou uma torta de nozes, por exemplo, precisam de café fortes.
Sobremesas carregadas de açúcar exigem café mais ácidos.
Uma bebida encorpada “casa” bem com uma barra de chocolate amargo ou um cremoso brigadeiro.
Salgados
O pão na chapa citado no primeiro parágrafo é um exemplo – antes de mais nada – de harmonização com café intuitiva.
O brasileiro faz o mermo exercício com o pão de queijo ou popular sanduíche de mortadela.
Do mesmo modo, o consumo com queijo é algo bem popular.
Especialmente em um dos polos brasileiros de produção de ambos os produtos: o Estado de Minas Gerais.
Na alta gastronomia, por outro lato, utilizar a bebida em pratos requintados é uma tendência.
Ainda mais para a criação de molhos que acompanhem produtos considerados exóticos, como o javali.
Segundo os chefs, carnes mais gordas – como as de pato e cordeiro – ressaltam a adstringência natural do café.
