Quem é um pouco mais velho talvez tenha na memória a imagem de sua avó ou seu avô, com um instrumento quase medieval, fazendo a torra de café. Aquele aroma inconfundível foi, provavelmente, sua primeira experiência com o grão.
Em primeiro lugar, quem cresceu em um lar onde os grãos de café eram torrados e moídos na hora, foi um privilegiado.
A torra é o momento em que o fruto colhido na fazenda se torna a bebida fantástica que tanto nos encanta.
Apesar disso, esse processo não é tão simples.
Cada tipo de grão tem suas características, que precisam ser levadas em conta no momento de submetê-lo ao calor.
Esse cuidado, acima de tudo, garante à bebida que será produzida com aquele grão o sabor, a textura e a acidez desejados.
Os tipos de torra se diferenciam pela quantidade de tempo que o grão passa no torrador
Torra de café clara
Antes de mais nada, a torra clara privilegia a acidez do café.
Um período menor de tempo sob o calor preserva os óleos essenciais do grão.
Em outras palavras, o resultado é um café encorpado e com sabor suave.
Os grãos torrados dessa maneira são ideais para o uso em máquinas de expresso.
Torra de café média
Primordialmente, a palavra para esse tipo de torra é equilíbrio.
Ao passar entre nove e 11 minutos no torrador, o grão obtém uma harmonia entre acidez, aroma, corpo e amargor.
Esse processo é o mais indicado para o café coado em filtro de papel ou no tradicional coador de pano.
Torra de café escura
Exercitar esse tipo de torra exige habilidade. Um pouco de tempo e calor a mais e os grãos queimam, produzindo uma bebida desagradável.
Nesse sentido, o objetivo da torra escura é ter um café com pouca acidez, uma doçura leve e um pouco de óleo na superfície.
O amargor é mais acentuado e a tonalidade dos grãos fica mais escura, lembrando o chocolate.
Agora que você sabe um pouco mais sobre o assunto, pode fazer a escolha certa na hora de comprar seu café especial.